Hillary Clinton, na primeira corrida à nomeação democrática para as presidenciais, em 2008, foi criticada por não transmitir uma mensagem unificadora, deu a imagem de uma pessoa arrogante e distante dos eleitores.
Salvo duas exceções: quando reconheceu a derrota, a favor de Barack Obama, e num discurso para uma plateia de mulheres, em que demonstrou saber ouvir e mostrou empatia.
Hillary Clinton, 2008:
- É algo muito pessoal para mim. A minha candidatura não é apenas um acto político e público. Estou ciente da situação do país. Precisamos mudar de direcção.
A maior batalha de Clinton foi, provavelmente, alterar radicalmente a imagem, o que conseguiu com distinção: está mais comunicativa e sensata. Também tem bastante experiência política em relação à maioria dos rivais políticos, relativamente desconhecidos.
A senadora democrata desempenhou o cargo de chefe da diplomacia durante quatro anos, o que lhe valeu o reconhecimento internacional, o encontro com dezenas de presidentes e de primeiros-ministros, para resolver crises como a da Líbia e do conflito em curso na Ucrânia.
É o início da corrida para uma grande senhora da política norte-americana.
Até Novembro do próximo ano, ainda há muito água a passar debaixo das pontes, muitos discursos, muitos acontecimentos.