Um drama humanitário em que seres humanos tentando escapar a situações de guerra nos países de origem são explorados por traficantes sem escrúpulos que os abandonam à sorte, na maior parte das vezes em embarcações precárias sobrelotadas.
As autoridades italianas detiveram quinta-feira vários alegados traficantes.
Bakary Darboe, um imigrante proveniente da Líbia, deu alguns detalhes sobre os detidos:
“São líbios. São todos líbios. São todos maus. Nenhum deles é boa pessoa.
Nunca em embarcam. Metem as pessoas nos barcos e deixam-nas entregues ao destino e a Alá. Os líbios não prestam. Batem e matam. Graças a Alá, sobrevivi.”
Quinze imigrantes muçulmanos africanos foram detidos depois de testemunhas relatarem que eles haviam atirado 12 passageiros cristãos borda fora.
Os detidos são acusados de “múltiplo homicídio agravado motivado por ódio religioso”.
Até ao passado dia 31 de outubro, a Itália tinha a funcionar ao largo do Mediterrâneo o programa “Mare Nostrum”, através do qual resgatava imigrantes em situação de risco das águas do Canal da Sicília.
Em novembro o programa foi substituído por um dispositivo comunitário que patrulha as fronteiras mediterrânicas, denominado “Tritão”.
“Com uma previsão de muito bom tempo e mar calmo para os próximos dias, estamos a contar com mais chegadas”, disse Leopoldo Manna, da Guarda Costeira italiana.
A Itália pediu à União Europeia um maior apoio financeiro para as operações de socorro aos imigrantes no Mediterrâneo e uma “resposta clara” sobre os locais para onde devem ser encaminhados depois de resgatados.