“Abaixo a xenofobia” foram algumas das palavras mais ouvidas, esta quinta-feira, em Durban, na África do Sul.
Milhares de pessoas manifestaram-se nas ruas da cidade contra a violência de que estão a ser alvo imigrantes de várias nacionalidades. Nas últimas semanas, pelo menos seis foram mortos, outros viram os estabelecimentos comerciais saqueados.
“Se olhar com atenção vai ver que são as pessoas de cor que estão a atacar as outras. Eu nunca assisti a ataques entre brancos ou pessoas de qualquer outra raça. É evidente que os negros não querem ver os outros progredir” refere um estudante universitário sul-africano.
Alguns estrangeiros perderam tudo o que tinham e é em campos como este que muitos vivem agora. As marcas da xenofobia são ainda bem visíveis e o futuro incerto para os cerca de 1500 estrangeiros oriundos de países africanos e asiáticos.
“Não sei para onde ir. Não posso voltar para casa porque venho de um país em guerra. Nem todas as pessoas podem voltar regressar por causa dos problemas que têm no país de origem” Thircessi Baloyi, imigrante da República Democrática do Congo.
A caça aos imigrantes começou depois do rei zulu ter aconselhado os estrangeiros no país a fazer as malas e a ir embora