A Al-Qaeda na Península Arábica aproveita o caos no Iémen para efetuar novas conquistas: o grupo terrorista assumiu o controlo do aeroporto internacional de Mukalla e domina agora a quase totalidade da cidade costeira do sul do país, à excepção de uma base militar.
Ao mesmo tempo, a menos de 50 quilómetros – também na província de Hadramout -, um grupo tribal iemenita composto por antigos membros da Al-Qaeda apoderou-se do terminal petrolífero de Ash Shihr.
Na capital, Saná, milhares de apoiantes dos rebeldes huthis manifestaram-se contra os bombardeamentos da coligação liderada pela Arábia Saudita e a recente resolução do Conselho de Segurança da ONU que impõe um embargo às armas e sanções contra a insurgência xiita.
O Irão, que apoia os huthis, criticou as interferências externas no Iémen. Em entrevista à euronews, o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, disse que “as potências estrangeiras não devem impôr condições para o futuro do Iémen. O que precisam de fazer é facilitar o diálogo entre os diferentes grupos iemenitas e isso é o que o Irão está preparado para fazer”.
Enquanto o Ministério da Saúde iemenita anunciava a morte de perto de 900 civis desde o início dos bombardeamentos da coligação e uma catástrofe sanitária, a ONU frisou que pelo menos 74 eram crianças. As agências humanitárias dizem que os mais de cem mil deslocados precisam de assistência médica urgente.