Nas palavras que lhe dirigiu, o Papa disse que através desta visita são as relações e a cooperação entre o Vaticano e a Itália que se consolidam, embora conservando cada a própria especificidade. Frisando que a fé é um baluarte da solidariedade e uma escola de valores, o Papa pôs em realce o contributo do cristianismo à cultura e à história da Itália assim como ao carácter da sua população, e recomendou que não se confine o autentico desenvolvimento religioso à esfera intima das consciências”; mas sim a reconhecer o papel da religião “na construção da sociedade”.
Referindo-se ao grande número de jovens desempregados, o Papa recomendou que se procure por termo ao chamado “precariado” e auspiciou que a Expo de Milão que vai iniciar em Maio sobre o tema da alimentação no mundo, possa ser uma ocasião para aprofundar a reflexão sobre as causa da degradação ambiental e para tomar decisões eficazes no sentido de salvaguardar o Planeta.
O Papa não deixou de tocar o tema das migrações, exprimindo a sua gratidão à Itália pelo empenho em acolher migrantes em perigo de vida, mas recordando ao mesmo tempo que a dimensão do fenómeno requer um envolvimento mais amplo a nível europeu e internacional. Não devemos cansar-nos de solicitar isso - frisou.
O Papa concluiu exprimindo o desejo de que a Itália saiba fazer tesouro das suas nobres tradições inspiradas na fé cristã e possa progredir na concórdia, dando o seu precioso contributo para a paz e a justiça no mundo.