A África e a Europa querem trabalhar em conjunto para combater o fenómeno da migração ilegal que tem feito tantos mortos, sobretudo no Mar Mediterrâneo.
A Comissão Europeia e a União Africana prometem cooperação em três frentes, nomeadamente na gestão da imigração legal, no combate ao tráfico de seres humanos e na ajuda ao desenvolvimento económico dos países de origem.
Para Jean-Claude Juncker, da Comissão Europeia, o mais importante é trabalhar já para salvar vidas: “A prioridade absoluta consiste em salvar vidas. Para além disto - no imediato - será necessário reflectir sobre o reforço dos meios à nossa disposição para ajudar nos países de origem os que querem partir para a Europa.”
A cimeira europeia de quinta-feira deverá dar as primeiras respostas de reforço de meios de busca e salvamento no Mediterrâneo, mas o fenómeno da imigração não tem soluções imediatas, concordam as duas instituições.
Segundo a secretária-geral da União Africana, a África e a Europa não podem resolver os problemas sozinhos. Dlamini-Zuma defende a aposta na industrialização e no sector agrícola.
A ONU alertou, esta quarta-feira, que o número de migrantes que atravessam o Mediterrâneo pode aumentar este ano para meio milhão se nada for feito contra as pessoas que os traficam. Koji Sekimizu, secretário-geral da Organização Marítima Internacional, pediu um esforço multinacional para garantir a segurança dos migrantes e para identificar aqueles que os traficam para obter lucro apesar do risco.