O vulcão Cabulco entrou em erupção na região de Los Lagos, no Sul do Chile, depois de passar 43 anos inativo, lançando uma nuvem de fumaça e cinzas que pode ser vista 20 quilômetros de distância, informou o Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol).
O escritório declarou estado de emergência após um alerta, e o governo iniciou a evacuação de 4 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros do local.
A companhia aérea LATAM disse que cancelou os voos de Puerto Montt, a maior cidade da região, devido a presença de cinzas vulcânicas no ar, que poderiam danificar as aeronaves e aumentar os riscos de um desastre aéreo.
A dirigente regional de Las Cascadas, na província de Osorno, afirmou que a cidade tem registrado fortes tremores de terra graças à erupção do Cabulco.
A primeira coisa que fizemos foi cancelar toda a atividade escolar das comunidades próximas ao vulcão — afirmou o secretário regional de Educação, Pablo Baeza.
A erupção teve início por volta das 18h (hora local) e durou cerca de três horas e meia. Moradores da região reclamaram que os ônibus que deixavam Puerto Montt tiveram suas tarifas aumentadas em quase dez vezes. A cidade juntamente com Puerto Varas e Puerto Octay teve toque de recolher decretado que se estenderá até as primeiras horas da manhã desta quinta-feira.
O Chile tem a segunda maior cadeia vulcânica em atividade no mundo, atrás apenas da Indonésia. São mais de 2 mil vulcões, dos quais 500 foram classificados como potencialmente ativos. A última grande atividade vulcânica foi registrada em março quando o vulcão Villarica, também no Sul do país, entrou em erupção, obrigando 3.300 pessoas na região. O Villarica permanece ativo e pode registrar aumentos em sua atividade, afirmam as autoridades chilenas.
A nuvem de fumaça se espalhou pelos ares, se aproximando do território argentino — afirmou o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, destacando que a presidente chilena, Michelle Bachelet, viajará para a região afetada pela erupção vulcânica nesta quinta-feira. — Esta foi uma erupção bem maior que a do vulcão Villarica, e portanto as medidas a serem adotadas devem ser mais importantes e mais rápidas.