Líderes africanos reunidos em Bandung Indonésia, rederam homenagem pelos 60 anos, depois da assinatura da declaração da gloriosa história de Bandung.
Ao intervir durante a cerimónia, o líder da Indonésia, Joko Widodo, fez igualmente uma homenagem a estes grandes homens.
Realçou ainda as capacidades das então lideranças africanas e asiáticas, por terem conseguido fazer com que tal “Espírito de Bandung” estivesse presente até aos dias de hoje.
O Presidente Joko Widodo disse ainda que isso permitiu a realização do sonho de muitos povos em tornarem-se independente.
De acordo com o estadista, o facto de o encontro, que se realiza 60 anos depois, poder reunir igualmente não só países que estiveram presentes na altura, mas também outros que se encontravam sob o jugo da colonização, constitui um grande motivo de orgulho.
No entanto, acrescentou que ainda tem de ser realizada a paz, para que se possa parar com a violência em muitas partes do Mundo.
Por sua vez, em nome do continente africano, o presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, salientou a forma visionária e revolucionária que congregou a iniciativa, mas defendeu ser agora necessária uma nova ordem mundial, uma vez que novos desafios se apresentam.
Referiu que presentemente um grande número de países africanos e asiáticos representam este grande testamento para a universalidade, que é a Conferência Ásia/África.
De igual modo, Robert Mugabe salientou o facto Bandung se ter tornado hoje na capital da solidariedade e amizade entre os dois povos.
Fez igualmente menção do suporte que sempre será dado aos países africanos à causa do povo da Palestina, no sentido de alcançar a justiça.
Após os discursos, de forma simbólica, os presidentes Joko Widodo (Indonésia), Xi Jinping (China) e o rei Mswat III (Swazilândia) rubricaram a Messam de Bandung, um dos três documentos aprovados na Cimeira Ásia /África, que teve lugar de 22 a 23 do corrente em Jakarta.
Após a cerimónia político-cultural, os líderes foram convidados a visitarem as instalações do Gedung Merdeka, onde decorreu a cerimónia, agora transformada em Museu, sendo que foram nestas instalações onde teve lugar a Conferência de 1955.
De salientar que Angola esteve representada pelo Vice-presidente, Manuel Domingos Vicente.