O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu chegar, esta noite, a um acordo para exigir um cessar-fogo humanitário no Iémen.
As discussões em Nova Iorque coincidiram, no terreno, com um novo bombardeamento da coligação militar árabe, que provocou pelo menos 20 mortos, alegadamente civis, num bairro residencial da capital.
Horas antes, centenas de apoiantes da milícia houti, que ocupa a capital desde setembro, manifestavam-se em Sanaa contra a campanha de bombardeamentos.
Segundo o líder dos houtis, Khaled Al Madani: “o povo iemenita não vai recuar na decisão de atingir os seus objetivos. E condenamos a agressão contra o Iémen, o bloqueio económico ao nível de alimentos e medicamentos, entre outros bens, e a agressão contra as nossas infraestruturas, instalações e bairros residenciais”.
O impasse nas negociações e o embargo aos rebeldes ameaça agravar ainda mais a situação humanitária no terreno, quando o Programa Alimentar Mundial anunciou uma redução das suas atividades face à escassez de combustíveis no país.
O conflito provocou até agora cerca de 1244 mortos, segundo a OMS, afetando mais de sete milhões de pessoas.
Na segunda cidade do país, Aden, os combates prosseguiam este sábado.
Pelo menos 27 pessoas morreram nas últimas horas na região, quando as tropas fiéis ao presidente no exílio tentam recuperar o controlo do aeroporto da cidade.