Arrancaram as eleições legislativas no Reino Unido. O sentido de voto dos britânicos é para já uma incógnita e os analistas admitem que está tudo em aberto.
As últimas sondagens apontam para um empate técnico entre conservadores e trabalhistas com cerca de 35 por cento dos votos.
As diferentes posições assumidas David Cameron e David Miliband em relação à continuidade do país na União Europeia e em matéria fiscal podem, por isso, revelar-se cruciais na hora na decisão.
A luta promete ser renhida.
O Partido da Independência do Reino Unido de Nigel Farage é apontado como a terceira força política. O líder do UKIP insiste numa rutura política com Bruxelas e uma eventual aproximação aos conservadores poderia, por isso, precipitar a realização de um referendo prometido por David Cameron.
O Partido Nacionalista Escocês pode revelar-se uma peça chave nas mais que prováveis negociações para formar governo. Os nacionalistas do SNP ameaçam eleger mais de 50 deputados, mas excluem qualquer acordo com os conservadores.
Já o dirigente liberal-democrata diz estar disposto a negociar uma coligação tanto com conservadores como trabalhistas. Em 2010, Nick Clegg viabilizou um governo de coligação apoiado numa maioria parlamentar.
A decisão final está nas mãos dos mais de 45 milhões de eleitores.