Quase duas dezenas de pessoas, entre elas altas patentes militares, suspeitas de estarem envolvidas na tentativa de golpe de Estado no Burundi foram, este sábado, presentes a tribunal. O Burundi vive uma crise política grave desde que o atual presidente decidiu recandidatar-se a um terceiro mandato, a 25 de abril. Situação que muitos não aceitam.
Os nomes dos detidos não foram revelados, mas, segundo o porta-voz, o líder da tentativa de golpe, o major-general Godefroid Niyombare segue procurado pelas forças de segurança.
Na quarta-feira, o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, se ausentou do país para participar de um encontro com lideranças regionais na Tanzânia. No mesmo dia, os rebeldes liderados por Niyombare anunciaram um golpe, que não chegou a ser consumado. Ontem, o presidente voltou ao país e hoje se encontra na cidade de Ngozi, ao norte, onde tem apoio popular.
As ruas da capital Bujumbura estão mais calmas depois de confrontos entre rebeldes e tropas fiéis ao presidente nos últimos dias.
A tensão teve início no último dia 26 de abril, quando Nkurunziza anunciou que se candidataria para um terceiro mandato enquanto a Constituição do país prevê o limite de apenas dois mandatos seguidos. Ele alega que conquistou o seu primeiro mandato por meio de votação no Parlamento e não através do voto direto, como ocorreu no segundo mandato.