Pelo menos 28 campos foram achados em uma área de 50 quilômetros na fronteira entre a Malásia e a Tailândia, informou o chefe de polícia da Malásia Khalid Abu Bakar. Equipas forenses examinam os túmulos em busca de corpos, mas ainda não sabem com exatidão o número de pessoas enterradas nas fossas, situadas em uma área montanhosa da selva, de acesso muito difícil.
O maior campo de detenção pode ter recebido até 300 pessoas, outro tinha capacidade para quase 100 e os demais podem ter abrigado 20 imigrantes cada, segundo o chefe de polícia.
Os traficantes têm usado as selvas do sul da Tailândia e do norte da Malásia por anos para contrabandear pessoas. A maioria dos imigrantes é muçulmanos rohingya que fogem de perseguições em Mianmar, mas outros são bengaleses que procuram emprego na Malásia.
Ainda neste mês, a polícia tailandesa desenterrou dezenas de corpos de fossas rasas em seu lado da fronteira. O episódio joga uma nova luz sobre a rede oculta de campos de contrabandistas, que há anos mantêm imigrantes retidos na selva enquanto pedem resgate a seus familiares.