O presidente da Tunisia admitiu que o país não estava preparado para o ataque que fez 39 mortos na praia de Sousse na sexta-feira passada. Numa entrevista a uma rádio francesa, Beji Caid Essebsi afirmou que a segurança tinha sido reforçada em vários locais para prevenir ataques durante o Ramadão mas não nas praias.
Para tentar salvar o que resta da época turística, o governo vai agora mobilizar um milhar de polícias ao longo da costa mediterrânica, entre outras medidas, como explica o porta-voz do ministério do Interior, Mohammad Ali Al-Aroui:
“Todos os indivíduos que cooperam com ideologias terroristas vão ser alvo de medidas preventivas e decidimos fechar várias mesquitas, nomeadamente as que escapam aos controlos de segurança. Vamos também reforçar a vigiliância em todos os pontos turísticos e para isso mobilizámos os soldados reservistas.”
O governo teme que este atentado faça o país perder mais de 450 milhões de euros em receitas do turismo este ano. Mas a guerra contra o terrorismo ultrapassa as fronteiras do país, como explica o enviado da euronews, Mohammed Shaikhibrahim:
“A Tunísia é incapaz de lutar sozinha contra os grupos jihadistas. É preciso um esforço concertado internacionalmente porque o terrorismo é transfronteiriço, em particular nos países árabes que sofrem com os seus conflitos internos.”