O acordo conseguido por Alexis Tsipras, em Bruxelas, não foi bem recebido pelos apoiantes do Syriza, que acabaram por queimar a bandeira do partido de extrema-esquerda.
A União Europeia decidiu fazer um novo empréstimo à Grécia, por três anos, mediante a aplicação de rigorosas medidas de austeridade como o aumento do IVA, reforma do sistema de pensões ou legislação laboral.
Para esta ateniense este “é um acordo catastrófico” mas afirma que já esperava que assim fosse pois diz que a Grécia “na zona euro, não poderia chegar a lado nenhum. Eles são uns bandidos, uns assassinos financeiros e não havia nenhuma maneira.”
O ministro grego da defesa defendeu Alexis Tsipras, afirmando que o primeiro-ministro enfrentou um autêntico golpe de Estado. “Ontem, o primeiro-ministro do país enfrentou um golpe de Estado, liderado pela Alemanha e por outros países como a Holanda, a Finlândia e os países bálticos. Um golpe que chegou ao ponto de chantagear o primeiro-ministro grego com o colapso dos bancos e com uma perda total dos depósitos”, afirmou Panos Kammenos.
Os parceiros europeus querem que as medidas acordadas em Bruxelas sejam aprovadas no parlamento grego até quarta-feira.
Está prevista, para esse dia, uma greve de 24 horas do setor público, a primeira desde a eleição do Syriza, em janeiro.