Estão oficialmente reabertas as embaixadas dos Estados Unidos em Cuba e vice-versa. Os edifícios que até agora abrigavam secções de interesses voltaram, à meia-noite de hoje, a ter o estatuto de embaixadas, embora ainda não haja embaixadores e a bandeira norte-americana ainda não tenha sido hasteada em Havana.
Em Washington, a reabertura vai contar com a presença do chefe da diplomacia de Cuba – É a primeira vez que um governante cubano visita oficialmente os EUA desde a revolução.
Um professor da capital cubana congratula-se com o restabelecer dos laços entre os dois países: “É significativo, é importante. É um passo decisivo para a normalização das relações. Nós, os cubanos, estamos à espera de ver o que vai acontecer daqui para a frente”.
Os dois países estão de costas voltadas desde a revolução de 1959. Apesar dos avanços, o principal obstáculo está ainda por ultrapassar: Obama vai tentar que o Congresso aprove o fim do embargo americano a Cuba: “Sou doente, preciso de muitos medicamentos, mas as farmácias não têm medicamentos suficientes, devido ao embargo e às sanções”, diz uma mulher na fila para conseguir medicamentos numa farmácia de Havana.
A aproximação entre os Estados unidos em Cuba dá força aos dissidentes do regime castrista.
As “damas de blanco”, familiares de presos políticos, manifestaram-se para pedir liberdade e tiveram de enfrentar uma contramanifestação. Algumas foram detidas.