O jornalista moçambicano Paulo Machava foi mortalmente baleado, na manha desta Sexta-feira 28 em Maputo. Desconhecem-se os autores dos disparos.
Segundo a agência de notícia ‘France Press’, que cita um sobrinho do jornalista, Fernando Machava, o diretor e fundador da publicação eletrónica moçambicana ‘Diário de Notícias’ foi atingido entre as 5h30 e as 6h da manhã. O jornal moçambicano online “A Verdade”, diz que Machava regressava da sua caminhada matinal quando foi atingido, por desconhecidos, que se limitaram a parar a viatura em que seguiam e a disparar.
O crime aconteceu na Avenida Vladimir Lenine, uma artéria da capital, e o ‘modus operandi’ assemelha-se ao do assassinato do jurista franco-moçambicano, Gilles Cistac, membro da oposição, abatido em março.
Segundo o jornal de noticias , Paulo Machava organizava, atualmente, uma manifestação contra o julgamento do economista Nuno Castel-Branco e dos jornalistas Fernando Veloso e Fernando Banze que estavam acusados de atentar contra a segurança do Estado.
O caso está ligado a uma ‘carta aberta’ do economista Nuno Castel-Branco, publicada no Facebook e depois reproduzida pela imprensa, em novembro de 2013, em que criticava, Armando Guebuza, presidente de Moçambique, na altura.
Castel-Branco foi acusado de crime contra a segurança do Estado. Já Fernando Veloso, diretor-editorial do semanário Canal de Moçambique, e Fernando Banze, editor do diário eletrónico Mediafax, respondem pelo crime de abuso de liberdade de imprensa.
Além do Diário de Notícias de Moçambique, Paulo Machava trabalhou no semanário Savana e na rádio estatal, Rádio de Moçambique.