“Os países europeus que transformaram o Mar Mediterrâneo -berço de uma das mais antigas civilizações no mundo – numa sepultura, são parte do pecado que é a morte de cada refugiado. Foram duras as palavras do presidente turco em relação à forma como a Europa está a gerir a crise dos migrantes.
Desde Ancara, Recep Tayyip Erdogan abriu o livro das críticas: “Definitivamente, não considero que seja humana a forma como alguns países europeus classificam os refugiados e acolhem alguns deles em função das suas qualificações. Estão a ser avaliados um a um. Como podemos fazer isto? Não são produtos agrícolas. São seres humano. Devíamos recebê-los a todos sem distinções”.
“O que se está a afundar no Mediterrâneo é a nossa humanidade”, concluiu o chefe de Estado turco.
A ideia de “filtrar” os refugiados tem circulado nos corredores de Bruxelas.
Numa entrevista à euronews, o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, que tem a pasta dos refugiados, explicou a ideia:
“Na área de Izmir estão muitos milhares de pessoas, talvez centenas de milhar, que aguardam para seguir para a Europa. Mesmo aí, penso que talvez seja necessário recorrer a fundos europeus para construir um vasto campo de refugiados e decidir aí, in loco, quem pode vir para a Europa”.