Os fiéis muçulmanos retomaram as celebrações em Meca, após a trágica debandada que provocou mais de 700 mortos e 860 feridos. O ministro saudita da Saúde declarou que o acidente terá sido originado pela falta de cumprimento das regras por parte dos peregrinos. Mas a organização das autoridades sauditas está a ser duramente posta em causa, sobretudo pelo Irão, que perdeu mais de 130 cidadãos no esmagamento.
O rei Salman prometeu uma revisão profunda dos trajetos durante o “hajj”, a peregrinação à cidade santa do Islão, que todos os anos reúne cerca de dois milhões de fiéis. Trata-se de uma das maiores concentrações de pessoas no mundo.
O acidente, o mais grave em 25 anos, aconteceu em Mina, a cinco quilómetros de Meca, perto de Jamarat, o local onde se procede ao ritual do apedrejamento de pilares que simbolizam Satanás. Ao que tudo indica, dois grupos de peregrinos desaguaram num cruzamento onde já se encontrava uma multidão compacta. Há duas semanas, a queda de uma grua no recinto da Grande Mesquita provocou 110 vítimas mortais.