Depois de Vladimir Putin ter proposto a criação de uma “ampla coligação antiterrorista”, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo descartou a possibilidade de uma “coligação clássica”, com um mandato conjunto entre os EUA e as forças que lutam no terreno contra os jihadistas. Ainda assim, Serguéi Lavrov insiste na importância de ações militares coordenadas.
Esta segunda-feira, antes da Assembleia-Geral da ONU, Vladimir Putin teve um breve encontro com Barack Obama. Também antes da reunião magna das Nações Unidas conversou com Ban Ki-Moon e frisou a importância de unir esforços:
“Esperamos conseguir encontrar terreno comum com os parceiros árabes, com a Turquia, com os Estados Unidos, com os países europeus, para alcançarmos uma plataforma comum de luta contra o terrorismo”, explicou Putin aos jornalistas.
Washington e Moscovo divergem na questão Síria. A Rússia apoia Bashar al-Assad e não quer a “desintegração” do país. Para os EUA al-Assad deve sair e o apoio de Moscovo ao Presidente sírio reforça o regime:
“Os Estados Unidos estão preparados para trabalhar com qualquer Nação, incluindo a Rússia e o Irão, para resolver o conflito, mas temos de reconhecer que não pode haver, depois de tanto derramamento de sangue, tanta carnificina, um regresso à situação que se vivia antes da guerra”, afirmou Obama na ONU.
Esta terça-feira, os líderes mundiais, presentes na Assembleia-geral das Nações Unidas, participam numa conferência sobre a luta contra o extremismo islâmico e o terrorismo em geral.
{flexiaudio}17390{/flexiaudio}