Pelo menos cento e trinta e um mortos, na sua maioria mulheres e crianças, é o balanço de um ataque aéreo ocorrido num casamento que decorria no sudoeste do país. O ataque foi condenado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que afirmou que deveria ser investigado.
Fontes militares sauditas negaram o envolvimento no ataque sugerindo através de um porta-voz que poderiam ter sido as milícias locais a dispararem os projéteis.
“Eles atacaram um casamento, não me parece que seja um alvo estratégico, só pessoas que celebravam um casamento. Crianças e mulheres. Rei Salman, pergunto-lhe diretamente, porquê este ataque?”, afirmou um residente local.
O conflito no país agravou-se desde março com o envolvimento da Arábia Saudita que desencadeou ataques aéreos contra as milícias Houthi, apoiadas pelo Irão, e que desde o ano passado conquistaram partes significativas do país, incluindo a capital Sanaa.
O governo liderado pelo Abd-Rabbu Mansour Hadi viu-se forçado a procurar o exílio na Arábia Saudita e só regressou ao país na semana passada, tendo-se instalado no sul, no porto de Aden.
O regresso do governo coincidiu com a chegada na segunda-feira ao porto de Aden de um cargueiro saudita com auxílio humanitário a bordo.
A cidade portuária foi alvo de fortes bombardeamentos por parte da coligação liderada pelos sauditas e cujo objetivo seria expulsar as milícias Houthi que anteriromente controlavam a área.