Após meses de especulações sobre sua eventual candidatura, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje (21) que não disputará a sucessão de Barack Obama pelo Partido Democrata.
Em pronunciamento na Casa Branca ao lado de sua mulher, Jill Jacobs, e de Obama, Biden afirmou que sua janela para concorrer às eleições de 2016 já "se fechou". "Minha família estava pronta, mas não há mais tempo", declarou o vice-presidente, que fará 73 anos em Novembro.
"Acredito que estamos sem o tempo necessário para montar uma campanha vencedora para a indicação", disse Biden na Casa Branca, acompanhado de sua esposa Jill e do presidente Barack Obama. "Embora eu não esteja me candidatando, vou falar claramente e com força a respeito de onde nós estamos como partido e para onde precisamos ir como nação."
No entanto, ele garantiu que não ficará "em silêncio" e que participará activamente das primárias democratas. Biden aproveitou para elogiar Obama, afirmando que o líder "guiou os Estados Unidos rumo à retomada".
"Beau é nossa inspiração", disse Biden, que acrescentou que, enquanto sua família estava lidando com o processo de luto, o tempo para montar uma campanha viável se esgotou. "Descobrimos o propósito na vida pública", completou.
O polémico pré-candidato republicano Trump comemorou a decisão de Biden. Em sua conta oficial do Twitter, Trump afirmou que Biden fez a decisão correcta para ele e sua família, além de afirmar ser mais fácil concorrer contra Hillary Clinton.
A disputa no partido deve ficar restrita à ex-secretária de Estado Hillary Clinton, franca favorita para conseguir a indicação, ao senador Bernie Sanders, acadêmico Lawrence Lessig e aos ex-governadores Lincoln Chafee (Rhode Island) e Martin O'Malley (Maryland).
De acordo com as últimas pesquisas em âmbito nacional, a ex-primeira-dama aparece com cerca de 50% das intenções de voto, contra pouco mais de 25% de Sanders, que levanta dúvidas na legenda por ser considerado "radical".