Na cimeira do G20, em Viena, o conflito na Síria foi naturalmente relegado para segundo plano pelos ataques de Paris. A ameaça terrorista dominou as conversas e para a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, a resposta tem de ser dada a uma voz:
“A mensagem que sai desta reunião é ainda mais forte que há duas semanas e passa pela necessidade de união na comunidade internacional. Todos os países aqui presentes, toda a comunidade internacional, somos todos igualmente afetados pela ameaça do terrorismo, a única forma possível de dar uma resposta é se estivermos unidos.”
Pelo menos no discurso, parece haver união. O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov afinaram pelo mesmo diapasão.
De acordo com o norte-americano, “estamos perante uma situação de fascismo ao mesmo tempo medieval e moderno, sem qualquer respeito pela vida e que apenas pretende destruir e semear caos, desordem e medo. E uma coisa que podemos dizer a essas pessoas é que as suas ações apenas reforçam a nossa vontade de os combater e fazer os responsáveis responder perante a lei. É exatamente o que estamos aqui para fazer.”
Já o russo referiu que “temos de deixar clara uma posição forte, não há tolerância para terroristas. Não há justificação para ataques terroristas, é esta a posição do conselho de segurança da ONU. Tal como John Kerry disse, não há justificação para não fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance para derrotar o grupo Estado Islâmico, a frente al Nusra e organizações similares.”
Enquanto os dirigentes se reuniam para tentar uma solução rápida para um problema demasiado complexo, nas ruas de Viena um grupo de cidadãos fazia ouvir a sua voz pela paz.
Os manifestantes protestavam contra a falta de uma solução para a situação que se vive na Síria, mostrando total solidariedade para com o povo francês.