O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou por unanimidade uma resolução a condenar a escalada de violência no Burundi, onde mais de 250 pessoas morreram desde Abril face protestos antigovernamentais.
A movimentação da ONU abre caminho a um eventual reforço da presença internacional no país africano. Existem receios de um genocídio idêntico ao do Ruanda entre Hutus e Tutsis.
O embaixador britânico para as Nações Unidas, Mathew Rycroft,explica que “no pior caso estamos a falar de genocídio e sabemos que temos que fazer tudo ao nosso alcance para evitar isso. O secretário-geral e as Nações Unidas estabeleceram um conjunto de potenciais medidas, que podem ir desde sanções, medidas políticas e manutenção da paz”.
A União Europeia decidiu retirar do país famílias e pessoal não essencial do corpo diplomático. A antiga potência colonial, a Bélgica aconselhou os seus cidadãos a saírem.
A candidatura do presidente Pierre Nkurunziza a um terceiro mandato é, segundo os adversários, contrária à constituição e ao acordo de Arusha que colocou um ponto final na guerra civil entre 1993 e 2006.
A acção do presidente despoletou uma grave crise com violência quase quotidiana que desde Abril fez 250 mortos e cerca de 200 mil refugiados.