No rescaldo dos atentados de Paris, a Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, dominada pelos republicanos, adoptou um projecto de lei que prevê a suspensão do acolhimento de refugiados sírios e iraquianos.
Um desafio directo ao presidente democrata, Barack Obama, que prometeu vetar a medida, caso passe também no Senado.
Para o líder republicano na Câmara dos Representantes, Paul Ryan, “o Estado Islâmico está a tentar atacar [os Estados Unidos] e outros países ocidentais. É uma questão de senso comum fazer uma pausa, reavaliar a situação e assegurar-se de que algo como Paris não se repete [nos Estados Unidos”.
Feroz opositor do programa de acolhimento de refugiados, Ben Carson defendeu o projecto de lei com uma declaração particularmente polémica. O aspirante à nomeação para a candidatura republicana à Casa Branca disse que “é preciso encontrar um equilíbrio entre segurança e humanidade. Se, por exemplo, houver um cão raivoso na vizinhança, não vamos provavelmente assumir algo de bom”.
Já depois dos atentados de Paris, Obama tinha reiterado que pretende manter o plano de acolher 10.000 refugiados sírios no país em 2016, em reacção ao número crescente de governadores que se mostraram opostos a oferecer asilo nos respectivos Estados.