O Papa chegou esta Quarta-feira em Nairobi, Quénia, a sua primeira viagem a África, que se prolonga até segunda-feira, com passagens pelo Uganda e República Centro-Africana.
Após uma viagem de menos de sete horas desde Roma, Francisco foi acolhido em clima de festa e ao som de ‘Karibu Quénia’ (bem-vindo ao Quénia) no aeroporto internacional de Jomo Kenyatta, pelo presidente queniano, Uhuru Kenyatta, pelo cardeal Nairobi John Njue e pelo presidente da conferência episcopal, D. Philip A. Anyolo.
O país, com 32% de católicos numa população de cerca de 43 milhões de pessoas, recebe um Papa pela primeira vez em 20 anos, depois da viagem de João Paulo II a África em 1995.
A cerimónia oficial de boas-vindas vai decorrer na ‘State House’ de Nairobi, para onde Francisco se deslocou em carro fechado.
O percurso foi acompanhado por milhares de pessoas, à beira da estrada.
Após a visita de cortesia ao presidente Kenyatta vai decorrer um encontro com autoridades políticas e membros do corpo diplomático, para além de personalidades do mundo político, económico e cultural, perante as quais vai pronunciar o primeiro discurso em solo africano.
Apesar das preocupações com a segurança, Francisco vai manter o tradicional contacto com as populações, em particular as mais carenciadas, e deslocar-se em papamóvel descoberto em várias circunstâncias.
Em Nairobi, o governo colocou 10 mil polícias no terreno, apoiados por outros 10 mil voluntários do Serviço Nacional da Juventude, fechando ao trânsito as principais ruas da capital do Quénia.
O país tem sido alvo de várias ações violentas da milícia islamista Al-Shabab.