A Constituição americana determina que o presidente informe o Congresso periodicamente sobre o “Estado da União”. Essa exigência evoluiu e tornou-se o discurso anual do presidente que agora tem várias finalidades.
Em seu último discurso sobre o Estado da União, realizado na noite de terça-feira, em Washington, Barack Obama não falou apenas sobre o próximo ano. Ele fez um resumo dos seus sete anos como chefe máximo dos Estados Unidos e falou do que espera para os próximos cinco, dez anos e além.
Obama relata a situação interna e externa dos EUA, como o crescente movimento anti-muçulmano no país e a ameaça do Estado Islâmico, sugere uma agenda ao Legislativo para o ano que se inicia e também apresenta sua visão pessoal sobre a nação.
Não faltaram palavras de otimismo à população nem críticas sob medida a determinados posicionamentos políticos.
Veja abaixo trechos do discurso de Obama ao Congresso:
Época de mudanças
-Será que vamos responder às mudanças de nosso tempo com medo, nos voltando para dentro como uma nação, e virando uns contra os outros como um povo?
"Vivemos uma época de mudanças extraordinárias, mudanças que estão remodelando a forma como vivemos, a nossa forma de trabalhar, o nosso planeta e o nosso lugar no mundo. Ela [a mudança] promete educação para as meninas nas aldeias mais remotas, mas também conecta os terroristas a um oceano de distância. É uma mudança que pode ampliar as oportunidades, ou ampliar a desigualdade.
A América passou por grandes mudanças no passado” e a fizemos trabalhar a nosso favor” e porque vimos oportunidade onde os outros só viam perigo, é que emergimos mais forte e melhor do que antes.
Na verdade, é esse espírito que fez o progresso destes últimos sete anos possíveis. É como nós nos recuperamos da pior crise económica em gerações. É como nós reformamos nosso sistema de saúde, e reinventamos o nosso sector de energia; como nós entregamos mais cuidado e benefícios para nossas tropas e veteranos, e como garantimos a liberdade em cada estado para nos casarmos com a pessoa que amamos.
Mas esse progresso não é inevitável. É o resultado de escolhas que fazemos juntos. E nós enfrentamos tais escolhas agora. Será que vamos responder às mudanças de nosso tempo com medo, nos voltando para dentro como uma nação, e virando uns contra os outros como um povo? Ou será que vamos encarar o futuro com confiança em quem somos, o que defendemos, e as coisas incríveis que podemos fazer juntos?"