Duas das explosões foram registadas no mercado, enquanto a terceira ocorreu numa ponte próxima de um acampamento militar. As primeiras informações se referem a atentados suicidas.
O maior número de vítimas foi notificado no atentado do mercado, onde os atacantes esconderam os explosivos em sacos de comida.
Apesar de o atentado ainda não ter sido reivindicado por nenhum grupo, as suspeitas apontam para o grupo ‘jihadista’ nigeriano Boko Haram, que, nas últimas semanas, intensificou os seus ataques no Norte de Camarões.
Em 13 de janeiro, um ataque suicida provocou a morte de 13 pessoas na mesquita de Kouyape (Norte). Alguns dias depois, quatro pessoas foram mortas num outro atentado na localidade de Nguetchewe, também no Norte do país.
Nos últimos meses, o Boko Haram estendeu seus ataques a países vizinhos da Nigéria, incluindo Camarões e Chade, cujos exércitos integram a missão militar multinacional que recuperou parte considerável do território controlado pelo grupo extremista nesses dois países.
O Boko Haram é acusado da morte de mais de 3 mil pessoas em 2015, a maioria nas zonas que controlava, em particular nas proximidades de Chade. Na ofensiva militar, o Exército da Nigéria também tem sido acusado de graves violações dos direitos humanos sobre populações civis.