Terminou este Sábado a 26ª cimeira de chefes-de-Estado da União africana, em Addis Abeba, na Etiópia. No discurso de encerramento, o presidente em exercício, o chadiano Idriss Déby Itno disse que a organização panafricana vai estar atenta ao Burundi e que vai harmonizar a sua posição face ao Tribunal Penal Internacional.
O novo presidente em exercício da União Africana lembrou que o continente deve resolver os conflitos que existem nos países africanos e salientou que « é preciso encontrar um consenso na luta contra o terrorismo que assume proporções preocupantes».
No discurso de encerramento, o presidente em exercício disse que o diálogo deve ser a palavra de ordem, referindo-se em concreto ao caso do Burundi e do Sudão do Sul, e que a União Africana vai continuar a trabalhar para que estes dois países encontrem o caminho da paz. « A violência deve parar. Nós não podemos permitir que milhares de africanos morram por causa de lutas políticas. Nós vamos seguir atentamente o desenvolvimento da situação nesses países, em particular no Burundi e no Sudão do Sul”.
Quanto a Cimeira, o chefe da diplomacia angolana avaliou que correu bem, particularmente no que diz respeito à reafirmação em termos de direitos humanos e a incidência sobre a mulher.
"Relativamente às questões de paz e segurança, em termos do continente, podemos dizer que tomaram-se boas decisões, sobretudo para o caso do Burundi, que foi o mais discutido", realçou.
A respeito disso, informou que os chefes de Estado e de Governo concordaram que não tomariam nenhuma decisão que contrariasse o Governo do Burundi, mas que iriam constituir uma missões de Chefes de Estado da UA que irá visitar aquele país, a fim de encorajar as autoridades locais a consolidar uma situação de paz em todo o território nacional.
Na opinião de Georges Chikoti, tomaram-se igualmente boas decisões relativamente à luta conta o terrorismo, um fenómeno novo, mas que em poucos anos tem estado a crescer em vários países africanos.
"Agora haverá uma maior coordenação a partir das regiões do continente, mediante a partilha de inteligência e, sobretudo, olhar-se para as acções de longa data para conter o terrorismo de maneira geral", sublinhou.
Notou que o terrorismo tem uma componente militar, social e económica, daí que os governos devem trabalhar para que em certas comunidades haja uma maior atenção aos problemas básicos das populações.
Para Georges Chikoti, o aumento do nível de educação das populações para que não sejam vítimas da ideologia dos grupos terroristas também deve constar nas agendas dos governos.