O ataque foi perpetuado por duas mulheres que fizeram explodir durante a oração da manhã numa mesquita em Maiduguri, no Nordeste da Nigéria, informaram integrantes das equipes de socorro.
O porta-voz da Agência de Gestão de Emergências do estado de Borno, Abdullahi Omar, confirmou o ataque, sem fornecer detalhes. Uma fonte da organização disse que até agora há 22 mortos confirmados e 35 feridos.
O ataque suicida ocorreu na periferia de Molai, um alvo frequente dos rebeldes do grupo extremista Boko Haram. "Ocorreu uma explosão na mesquita de Molai, na periferia da cidade. Aguardamos o regresso das equipes de socorro, com informações, para divulgar um comunicado", afirmou Omar.
Uma fonte da agência, que não quis se identificar por não estar autorizada a falar com a imprensa, contou que durante a manhã, antes da oração, duas mulheres disfarçadas de homens chegaram à mesquita. "A primeira entrou e ficou na primeira fila. Quando os fiéis se levantaram, accionou os explosivos, matando várias pessoas. Quando os sobreviventes tentavam a fugir, a segunda mulher que estava no exterior da mesquita detonou os explosivos que transportava", disse.
Sobreviventes do ataque e provas encontradas pelas equipes de socorro identificaram os autores como mulheres. O ataque suicida é idêntico a outros feitos pelos integrantes do Boko Haram, que visam regularmente alvos civis, como mesquitas, mercados e pontos de ônibus, recorrendo muitas vezes a mulheres-bomba.
Maiduguri, onde o grupo foi formado em 2002, não registou ataques nos últimos meses, após fortes medidas de segurança e de uma operação contra os militantes no ano passado.
O governo da Nigéria afirmou que os rebeldes, cujos ataques causaram pelo menos 17 mil mortos desde 2009, foram "tecnicamente derrotados", apesar dos contínuos atentados no estado de Borno e no vizinho Camarões.
Em 31 de Janeiro, pelo menos 85 pessoas morreram num ataque de rebeldes contra a aldeia de Dalori, a cerca de 12 quilômetros de Maiduguri.