Trágico accidente aéreo de avião presidencial da Polónia

polonia_quedaPiloto do presidente Kaczynski ignorou ordens da torre. A queda esta manhã do avião onde seguia Lech Kaczynski, o Presidente polaco, foi provocada por um erro da tripulação. É o que garante a agência de notícias "Ria-Novosti", citando uma fonte das forças de segurança russas.


Estava muito nevoeiro no local do acidente e o piloto terá insistido em aterrar em Smolensk, ignorando as indicações dos controladores aéreos.


A bordo seguiam 132 pessoas, e todas elas perderam a vida, quando o avião se despenhou a poucos quilómetros do aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia. Entre as vítimas estavam também a primeira dama, o governador do Banco Central da Polónia e o Chefe de Estado Maior.


Katarzyna Skórzy?ska, embaixadora da Polónia em Portugal, confirma a tragédia que vive de momento a nação polaca.
A delegação presidencial polaca viajava para Smolensk para participar no aniversário do massacre de Katyn, em 1941, quando a polícia politica de Estaline matou milhares de polacos.


O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou, entretanto, a criação de uma comissão para investigar as causas da queda do avião, que será dirigida pelo Primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.


Kaczynski, sua esposa e, pelo menos, outros 95 passageiros morreram quando o Tupolev Tu-154 em que eles viajavam caiu em uma floresta, quando tentava aterrissar perto da cidade russa de Smolensk.


"O controlador de vôo russo confirmou que o piloto aumentou a velocidade de descida a uma distância de 2,5 Km", disse o subcomandante da Força Aérea russa, Alexander Alyoshin, segundo a agência de notícias Interfax.
"O chefe do controle de tráfego aéreo ordenou que a tripulação colocasse a aeronave na posição horizontal diversas vezes, quando eles não obedeceram, mandou que eles seguissem até um aeroporto alternativo", disse ele.


"Apesar disso, a tripulação continuou com os procedimentos de pouso. Infelizmente, isso acabou em tragédia", disse.
Kaczynski, um crítico de Moscou e também conhecido por sua intransigência, estava a caminho de Katyn, na Rússia para homenagear os 22.000 poloneses prisioneiros de guerra que foram mortos pela policia secreta soviética em 1940.


Em 2008, quando a Geórgia e a Rússia entraram em guerra, Kaczynski estava a caminho de Tbilisi para apoiar o presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, no que ele dizia ser uma luta contra o "novo Imperialismo" do Kremlin.


A torre de controle disse ao piloto do avião de Kaczynski para voltar, porque era muito perigoso aterrissar em Tbilisi, mas o presidente - que também é o chefe do Estado de Maior - de acordo com a lei polonesa - mandou que o piloto aterrissasse, mesmo assim.