O Governo norte-americano não convenceu os seus aliados no Médio Oriente e no Golfo Pérsico a acabarem com o financiamento de grupos terroristas, segundo mensagens divulgados pelo site Wikileaks e hoje publicadas no jornal “The New York Times”.

"Nove anos após o juramento norte-americano de que se iria impedir os fluxos de dinheiro que financiam o terrorismo, os funcionários do Governo (de Barack) Obama dizem acreditar que muitos milhões de dólares continuam a chegar, sem dificuldades, a grupos extremista em todo o mundo”, incluindo a Al-Qaeda, lê-se no jornal.

Os documentos citam as hierarquias diplomáticas a revelarem os métodos de financiamento, como um roubo num banco no Iémen até aos raptos. Na lista, também estão lucros do tráfico de drogas no Afeganistão e as peregrinações anuais a Meca.

Os documentos divulgados e que mostram a continuidade de financiamento a grupos ligados à Al-Qaeda, talibãs, Hamas e Lashkar-e-Taiba (cujo objectivo é introduzir um Estado islâmico da Ásia Meridional).

Nos textos divulgados lê-se também que os Emirados Árabes Unidos são uma “fenda estratégica” que os terroristas podem aproveitar e que a luta contra esses grupos do Qatar “é a pior na região”, enquanto o Kuwait é um “ponto chave de trânsito”.


A WikiLeaks divulgou uma lista secreta de infra-estruturas em todo o mundo cuja perda ou ataques perpetrados por terroristas podem ter um “impacto crítico” na segurança dos Estados Unidos.