Segundo a ong PEC, Paquistão e México são os países mais perigosos para trabalhar.
Cento e cinco jornalistas morreram este ano no exercício da sua profissão em 33 países, com especial destaque para o México e Paquistão. A contabilização é da organização não governamental Campanha Emblema de Imprensa (PEC).
De acordo com o relatório da organização, 14 jornalistas perderam a vida no México e outros 14 no Paquistão, números que colocam estes dois países no topo da lista dos mais perigosos para o exercício da profissão.
Entre os países lusófonos, o relatório da organização não governamental, destaca o Brasil com o registo de quatro mortes e Angola com dois profissionais a perderem a vida em trabalho.
Na lista dos países mais perigosos, além do México e do Paquistão, surge também as Honduras com o registo de nove jornalistas mortos, assim como o Iraque onde outros nove profissionais da comunicação social perderam a vida desde Janeiro.
Nas Filipinas - país que em 2009 ficou manchado pelo massacre de 122 profissionais da comunicação social - seis jornalistas perderam a vida, enquanto na Rússia foram mortos cinco e na Colômbia quatro.
A PEC reporta ainda que dois jornalistas morreram no Afeganistão, país onde um grupo de talibãs mantém como reféns há cerca de um ano dois repórteres da Televisão francesa.
Ainda segundo a organização sedeada em Genebra, nos últimos cinco anos, 529 jornalistas perderam a vida no exercício da profissão: 105 em 2010, 122 em 2009, 91 em 2008, 115 em 2007 e 96 em 2006.
De acordo com a PEC, durante o período de 2006-2010, o Iraque foi o pais de maior perigosidade para os jornalistas, com um total de 127 profissionais assassinados em serviço, seguido das Filipinas com 59, do México com 47 e do Paquistão com 38 vítimas mortais.