Chegaram neste domingo à base aérea de Torrejón de Ardoz, em Madri, os três jornalistas espanhóis sequestrados na Síria em Julho do ano passado. Antonio Pampliega, José Manuel López e Ángel Sastre se encontraram com familiares num abraço emocionado depois de saírem do avião da Força Aérea espanhola que os trouxe de Hatay, no Sudoeste da Turquia. Os três aparentavam estar bem de saúde.
Em rápidas declarações à agência de notícias espanhola Efe, os jornalistas asseguraram que foram bem tratados. Eles contaram não saber onde foram mantidos durante os quase dez meses que passaram nas mãos dos sequestradores, mas fontes do governo espanhol dizem que os três não foram levados muito longe de Alepp, cidade síria onde foram capturados. López contou ainda que durante os três primeiros meses de cativeiro os três ficaram juntos, mas depois os sequestradores levaram Pampliega, que os companheiros só voltaram a rever neste sábado, quando foram libertados.
Segundo o jornal espanhol “El País”, os jornalistas foram sequestrados pela Frente Nusra, braço da al-Qaeda na Síria e designada uma organização terrorista pelas Nações Unidas e o governo dos EUA. Os jornalistas contaram ainda terem sido levados a pelo menos seis cativeiros diferentes, sempre mantidos em cubículos fechados, mas de onde podiam sair em determinadas ocasiões para o ar livre, quando então praticavam exercícios para combater o tédio.