O Senado brasileiro aprovou esta quinta-feira a instauração do processo de 'impeachment' (destituição) da Presidente Dilma Rousseff, com 55 votos a favor e 22 contra, o que a afasta automaticamente do cargo durante 180 dias, para ser julgada.
De acordo com a imprensa brasileira, Dilma fará agora uma declaração à imprensa onde deverá dramatizar o discurso, sublinhando ser vítima de um golpe de estado.
Dilma sairá do Palácio do Planalto pela porta principal do prédio e será temporariamente substituída pelo vice Michel Temer.
Quanto a Dilma Rousseff anunciou a sua intenção de fazer uma declaração por volta das 10 hora local, antes de deixar o Palácio do Planalto.
As acusações contra Rousseff baseiam-se em manobras fiscais que o governo terá cometido em 2014 e 2015, para dissimular as contas o que incluiu a omissão de dívidas de milhões aos bancos públicos.
O Senador Gleisi Hoffmann, próximo de Rousseff, considerou que este tipo de engenharia financeira não constitui motivo para o afastamento da Chefe de Estado e compara que isso seria equivalente a “punir com pena de morte uma infração de trânsito.”
No entanto, muitos dos senadores que votaram a favor da destituição de Dilma fizeram-nos supostamente por outras razões, tais como o grande caso de corrupção na companhia petrolífera estatal Petrobras ou a grave crise económica que o país enfrenta.