A bordo do avião que desapareceu na madrugada desta quinta-feira enquanto sobrevoava o Mediterrâneo, 3h40 depois de ter partido do aeroporto Charles de Gaulle em direção à capital egípcia, seguiam 30 cidadãos egípcios e 15 franceses, para além de um português e de vários outros nacionais. Segundo a companhia aérea, havia duas crianças e um bebé entre os passageiros
Os familiares dos passageiros que seguiam a bordo do voo MS804 da EgyptAir, estão a concentrar-se nos aeroportos de Paris e do Cairo, respectivamente o ponto de partida e de chegada do Airbus A320 que descolou da capital francesa.
A meio da manhã desta Quinta-feira, cerca de 15 familiares dos passageiros egípcios já estavam no aeroporto do Cairo à espera de ser confirmado o pior. As autoridades do aeroporto trouxeram médicos para o local a fim de prestarem apoio e cuidados a várias pessoas que perderam os sentidos perante a probabilidade de terem perdido os seus entes queridos.
No aeroporto de Paris o cenário é semelhante, com a polícia e funcionários do aeroporto a levarem os familiares das 15 vítimas francesas para longe dos holofotes da imprensa. Segundo a BBC, a França já abriu um "centro de crise" na sua embaixada na capital egípcia.
Neste momento, tudo aponta para que o avião se tenha despenhado no mar Mediterrâneo, embora as autoridades não saibam ainda onde nem porquê. De acordo com oficiais egípcios e gregos, citados pela Associated Press, o avião terá caído entre as ilhas gregas de Creta e Karpathos, mais de 200 quilómetros a norte da costa egípcia.
As informações concretas para já são de que o avião desapareceu dos radares pelas 2h45 locais, menos uma hora em Lisboa, enquanto sobrevoava o Mediterrâneo a 37 mil pés de altitude, após ter entrado no espaço aéreo egípcio, quando se situava 280 quilómetros a norte da costa de Alexandria. Neste momento, as autoridades egípcias e gregas estão a fazer buscas no local onde o avião foi detectado pela última vez.
Hollande já falou com o homólogo egípcio Abdel Fattah el-Sisi, ao telefone, e ambos concordaram em "cooperar para estabelecer o mais rápido possível as circunstâncias" do incidente, informa a assessoria do Presidente francês em comunicado.
No Cairo, El-Sisi convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, que integra o primeiro-ministro e os ministros da Defesa, dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna, para além das chefias das agências secretas do país.