O presidente da Cáritas Internationalis (CI) vai ser um dos oradores da 1.ª Cimeira Humanitária Mundial, marcada para Segunda e Terça-feira em Istambul, na Turquia.
Num comunicado publicado na página online da CI, o cardeal Luís António Tagle salienta que perante desafios como “a guerra, o extremismo, a crescente desigualdade social, as mudanças climáticas e a escassez de água”, é urgente “um sistema de ajuda humanitário que seja capaz de ir ao encontro das necessidades”.
Caso contrário será impossível assegurar a sobrevivência de “milhões” de pessoas que continuarão “em perigo nos próximos anos”, acrescentou.
Para aquele responsável, a Cimeira Humanitária Mundial é uma “oportunidade para transformar todo o sistema de ajuda” às populações, potenciando mais as “organizações locais”.
Apesar de muitas vezes serem “pouco reconhecidas”, as organizações locais, bem como as instituições de cariz religioso a actuarem no terreno, assumem-se como as primeiras “infraestruturas de apoio” às populações, em situações de “emergência”.
Num trabalho em que “os recursos são limitados”, só tendo em conta esta “rede” é que a ajuda poderá “chegar a mais pessoas” e ser de “maior qualidade”, frisou Dom Luís António Tagle.
A 1.ª Cimeira Mundial Humanitária vai contar com uma delegação de representantes do Vaticano e com organizações da Cáritas vindas de todo o mundo, desde os Estados Unidos da América ao Reino Unido, passando pela Áustria, Holanda, Luxemburgo, Líbano, Serra Leoa e Níger.
Destaque para a presença, do lado da Santa Sé, do secretário de Estado do Vaticano, Dom Pietro Parolin, do observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza; e do antigo observador na ONU em Genebra, Dom Silvano Tomasi, actualmente ao serviço do Conselho Pontifício Justiça e Paz.