As forças armadas às ordens de Bashar al-Assad terão voltado esta segunda-feira a bombardear a província síria de Alepo, alvejando inclusive bairros residenciais. A denúncia parte de grupos rebeldes da oposição e é fundamentada em vídeos amadores divulgados pelas redes sociais, os quais a agência Reuters analisou e confia serem genuínos.
As imagens difundidas a que tivemos acesso terão sido recolhidas no bairro de Kassara, na cidade de Alepo. A destruição e as imagens de feridos e mortos a serem retirados dos escombros são impressionantes. Há crianças entre as vítimas destes bombardeamentos.
A Coligação Nacional da Revolução Síria e Forças da Oposição estima mais de 60 civis mortos ou feridos em resultado de bombardeamentos no domingo pelas forças do regime, apoiadas- garantem- por jatos russos, nas províncias de Alepo e Homs.
O observatório sírio para os Direitos Humanos adianta ainda que também as forças rebeldes de oposição a Bashar al-Assad terão levado a cabo bombardeamentos em zonas sob controlo das forças do regime.
Este escalar de violência acontece um dia após a demissão do chefe negociador da coligação de oposição, que tem estado em Genebra, na Suíça, a tentar sem sucesso uma solução diplomática para o conflito com o regime de Assad. Mohammad Alloush alegou “falta de seriedade” e a “incapacidade da comunidade internacional em impor resoluções, em particular no que concerne a questões humanitárias, como o levantamento de cercos, o acesso a ajuda, a libertação de prisioneiros e o cumprimento do cessar-fogo.”
O processo de paz para a Síria parece, assim, ter entrado num impasse sem fim e pode estar mesmo ameaçado de “morte.”