O império Disney entra esta semana no Império do Meio, inaugurando em Xangai o seu primeiro parque de diversões da China continental.
A aposta é a emergente classe média, apesar da crise económica.
O complexo, um investimento de 5,5 mil milhões de dólares (cerca de 4,9 mil milhões de euros), alberga o maior castelo Disney do mundo, com as suas torres azuis a dominarem um espaço antes ocupado por empresas e fábricas da periferia da capital económica do país.
A Disney vai tentar seduzir milhões de pessoas com um passeio no barco “Piratas das Caraíbas”, um espectáculo em torno do filme “A Rainha da Neve” e uma atracção “Star Wars”, com personagens da saga de culto de ficção científica.
O projecto nasceu em Abril de 2011, assegurou o patrão da Disney, Bob Iger, durante uma conferência de imprensa, garantindo que este seria “um marco significativo” na história do grupo.
Porém, a inauguração acontece num contexto moroso, com a China a viver o mais fraco crescimento económico em 25 anos, após décadas de progressão a dois dígitos devido aos investimentos do governo.
Os indicadores, no entanto, não desencorajam a Disney, que conta que a classe média chinesa, em pleno “boom”, se precipite para as atracções, hotéis, restaurantes e lojas de recordações com a imagem do Mickey.
A ambição é apoiada pelo Governo chinês, ansioso por relançar o consumo interno.
A Disney não é o único gigante da diversão desejosa de aproveitar a disposição dos novos consumidores.
Os parques de diversão têm crescido rapidamente na China, com mais de 300 projetos financiados nos últimos anos, segundo o National Business Daily.
Só em 2015, abriram 20 recintos e outros 20 estavam em construção, de acordo com o jornal.
A Universal Pictures (em Pequim) e a DreamWorks (em Xangai) têm igualmente projectos de parques na China.