Os acordos abrangem setores como finanças, comunicações, energia, transporte, aeronáutica e cultura, e com eles ambos os governos tentam mostrar a força da relação entre Moscou e Pequim.
Putin, que faz a quarta visita oficial à China nos três anos desde a chegada de Xi ao poder, destacou em declaração conjunta à imprensa o elevado nível da cooperação econômica bilateral.
Com a economia russa muito afetada pela queda do preço do petróleo e do gás, assim como pelas sanções do Ocidente pelo conflito ucraniano, Putin se esforçou em ressaltar a proximidade com a China.
O governante russo afirmou que as posturas de Moscou e Pequim em relação às principais questões e conflitos internacionais "são muito próximas ou praticamente coincidem".
Xi ressaltou que ambos os países coincidem em "resolver as disputas internacionais e regionais "através do diálogo e da negociação em vez das armas ou ameaças, assim como com as sanções ou a ameaça de sanções".
Ambos discutiram sobre a construção de infraestruturas de transporte que melhorem as comunicações entre os dois países e também com as repúblicas ex-soviéticas da Ásia Central, uma região de forte influência política russa e crescente presença econômica chinesa.
Putin e Xi decidiram pactuar antes do fim do ano um projeto para construir uma ferrovia de alta velocidade entre Pequim e a cidade russa de Kazan, onde se conectaria com a linha que a Rússia está construindo rumo a Moscou.
O presidente russo informou que ambos os países estão traçando uma nova estrada entre Europa e Ásia, "uma via transeurasiática para melhorar as comunicações em todo este enorme continente".
Os governantes também decidiram aumentar o uso das divisas de ambos os países nos pagamentos no comércio exterior "para reduzir a dependência da conjuntura exterior", afirmou Putin.