147 Feridos, alguns em estado grave é o resultado do ataque, ao principal aeroporto de Istambul, um dos mais movimentados a nível mundial na actualidade, e já foi reivindicado pelo estado islâmico.
O ataque terrorista aconteceu no início da noite desta terça-feira, quando dois indivíduos se fizeram explodir junto da área de controlo de segurança do terminal internacional, um terceiro acionou uma bomba no parque de estacionamento.
As explosões causaram pelo menos 36 mortos - número confirmado pelo primeiro-ministro Binali Yildirim - e 147 feridos, alguns em estado grave, segundo o ministro da Justiça, Bekir Bozdag. A maioria das vítimas mortais são de nacionalidade turca, mas também há estrangeiros, segundo a Reuters.
As primeiras indicações apontam para a possibilidade de o Estado Islâmico ser o responsável por mais um ataque, escreve a AP, citando fontes oficiais turcas.
Segundo alguns relatos, elementos da polícia abriram fogo sobre os terroristas quando estes se aproximavam do ponto de controlo nos acessos ao piso de chegada dos voos internacionais, tendo estes ripostado com tiros de kalachinov, antes de se fazerem explodir. As deflagrações foram classificadas como "muito fortes" e originaram um movimento de pânico generalizado entre as pessoas no local.
Os voos foram desviados para outros aeroportos, mas alguns ainda foram autorizados aterrar no aeroporto Ataturk. A Reuters assinalou que alguns passageiros que estavam no local foram transportados para hotéis.
O Presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou que "é claro que este ataque não pretende atingir nenhum resultado, mas apenas para criar propaganda contra o país, utilizando sangue e dor de pessoas inocentes". Num comunicado citado pela Reuters, Erdogan salientou ainda esperar do mundo uma "postura decisiva" contra o terrorismo: "Espero que o ataque ao aeroporto de Ataturk seja um ponto de viragem na luta comum em todo o planeta, com os países ocidentais a liderar, contra as organizações terroristas."
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que os EUA estão a recolher dados e a tentar determinar a autoria do atentado contra o aeroporto de Istambul. "Estamos a recolher informação, a tentar perceber o que aconteceu e quem o fez. A única coisa que vou dizer agora é que aqueles ataques terroristas são diários e acho que o maior desafio que enfrentamos são atores não estatais", como grupos radicais islâmicos", disse John Kerry, durante uma conferência em Aspen, Colorado.
A Casa Branca condenou os ataques que considera ser "abomináveis" e garantiu o apoio à Turquia. "O aeroporto internacional Ataturk, como o aeroporto de Bruxelas que foi atacado anteriormente, este ano, é um símbolo das conexões internacionais e dos laços que nos unem. Continuamos a ser leais e a manifestar o nosso apoio à Turquia, nosso aliado e parceiro da NATO, bem como aos nossos amigos e aliados em todo o mundo e vamos continuar a enfrentar a mensagem do terrorismo", afirmou o porta-voz Josh Earnest.
Já François Hollande, presidente francês, salientou a que é necessário "agir para coordenar ainda mais os serviços e realizar o máximo possível de ações necessárias contra o terrorismo. Para Hollande o desafio é descobrir os autores do atentado e assim fazer "tudo o que é possível contra o terrorismo, particularmente naquela região".