O Rio de Janeiro foi palco de um memorável espectáculo como só o povo brasileiro podia criar. As origens portuguesas foram referidas entre passos de dança. Mas a mensagem mais forte foi para a protecção do meio ambiente. O descontentamento político, esse, não podia faltar.
Um grandioso espectáculo de luzes e dança contou a história do país, sem esquecer a Amazónia e os primeiros povos que a habitaram, a chegada dos portugueses em caravelas, passando pelos escravos e pelos povos vindos do Oriente.
Aos poucos, a floresta foi-se transformando num centro urbano. Ao som de “Construção” de Chico Buarque, o quadro "Metrópolis" lembrou o crescimento das cidades.
A cerimónia de abertura foi também um hino à música tradicional do país anfitrião dos Jogos. Marcaram presença grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zeca Pagodinho e Elza Soares, mas também uma nova geração de músicos, como Marcelo D2, Ludmilla, MC Soffia e Gang do Eletro.
Daniel Jobim, instrumentista neto de Tom Jobim, tocou ao piano “Garota de Ipanema”, embalando os passos de Gisele Bündchen. E Paulinho da Viola executou o hino nacional acompanhado por uma orquestra de cordas.
Um dos momentos altos foi o anúncio de que cada um dos atletas presentes no Rio2016 plantará uma árvore, que permanecerá como legado dos Jogos para o Rio de Janeiro.
Também na formação dos anéis olímpicos os brasileiros quiseram lembrar o aquecimento global, formando-os com árvores.
A chama chegou ao estádio pelas mãos do ex-tenista Gustavo Kuerten, passou por Hortência, ex-jogadora de basquete, e foi entregue ao maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze em Atenas 2004, depois de ter sido agarrado por um espectador enquanto liderava a prova.
Também a pira olímpica condizia com a mensagem ambiental que a cerimónia quis transmitir. A chama foi intencionalmente pequena e discreta - tudo para sensibilizar o mundo para a redução da queima de gases poluentes.