Os partidários do presidente cessante, Ali Bongo Ondimba, e seu rival Jean Ping, mantêm o braço-de-ferro e as acusações mútuas de fraude.
A União Europeia refere um “erro evidente” nos resultados das eleições de 27 de Agosto e o actual presidente do Gabão, Ali Bongo, critica numa entrevista a missão europeia de observação por não ter denunciado as “anomalias” também no desempenho do sua rival Jean Ping.
O anúncio da reeleição de Ali Bongo, na quarta-feira, foi seguido de tumultos e pilhagens em Libreville e noutras cidades do país. Na capital, o parlamento foi incendiado por manifestantes.
“O povo do Gabão questiona-se e exprime uma enorme apreensão. Nada, repito, nada pode justificar incendiar a Assembleia Nacional.”
Os protestos contra uma alegada fraude eleitoral e a sua repressão já causaram entre 800 e 1.100 detidos e três mortos, segundo o Governo embora a oposição fale de 10 vítimas mortais.
A União Europeia e os Estados Unidos tinham pedido a publicação dos resultados no Gabão “por assembleia de voto” para evitar suspeitas.