Policiais e militares do Congo reprimiram com bombas de gás lacrimogêneo e disparos de advertência uma manifestação em Beni, no último dia de luto pelos civis assassinados por rebeldes ugandeses nesta cidade do leste da República Democrática do Congo (RDC), constatou a AFP.
As forças de ordem se lançaram às 10h30 (05h30 de Brasília) contra os centenas de manifestantes reunidos na principal artéria que leva à prefeitura de Beni para protestar pela inação das autoridades contra a violência que atinge a região.
Ao menos seis manifestantes foram detidos violentamente, lançados em um veículo militar para serem conduzidos a um destino desconhecido, segundo o correspondente da AFP. Bandeiras do partido governante arderam, assim como uma imagem do presidente do Congo, Joseph Kabila, no grande mercado de Beni.
O território de Beni e seus arredores registram uma série de massacres, principalmente com facas, que provocaram a morte de mais de 650 pessoas desde outubro de 2014.
O último grande massacre foi registrado na noite de sábado nos bairros do norte de Beni, onde 51 civis perderam a vida, segundo a sociedade civil. O governo fala de 42 mortos.