Um dia antes da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a ONU reúne esta Terça-feira os líderes mundiais para uma cimeira dedicada aos refugiados.
Há quase um ano, quando convocou o encontro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou que é necessário “um novo pacto global acerca da repartição de responsabilidades”.
Mas, num campo de refugiados no Líbano, um sírio afirma que “estas cimeiras não são úteis” para quem necessita, são “apenas um espetáculo”.
Um sentimento partilhado por um grande número de conterrâneos que, depois de tantos anos de conflito mortífero que fez milhões de deslocados, continuam sem ver os frutos dos esforços diplomáticos.
No campo de Zaatari, na Jordânia, outro sírio diz que “com tantos encontros, o mundo foi incapaz de levar ajuda humanitária para Alepo. Por isso, será impossível resolver um problema que dura há mais de cinco anos”.
Segundos os números da própria ONU, no fim do ano passado havia, em todo o mundo, 21 milhões de refugiados, mais cinco milhões do que os que havia no início do século XXI. Nos últimos anos, os principais motivadores dos fluxos de deslocados foram o conflito na Síria, a expansão do extremismo islâmico no Médio Oriente e a guerra na Líbia.