Milhares de venezuelanos protestaram neste sábado, em Caracas, contra a suspensão do processo para a realização de um referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. Convocada inicialmente pela ala mais radical da oposição, a manifestação ganhou o apoio de toda a coalizão Mesa de Unidade Democrática, depois de o conselho eleitoral paralisar a coleta de assinaturas, praticamente inviabilizando a realização da consulta antes de 10 de janeiro.
Se o referendo for realizado antes disso e Maduro perder, novas eleições presidenciais são convocadas. Mas se for após a data, o vice-presidente assumiria no caso de uma derrota do presidente, com o governo continuando em mãos chavistas.
- Estou aqui para lutar pela Venezuela, destruída por este regime militar, corrupto e ditatorial - disse a secretária María Baptista.
Os manifestantes participaram com camisetas brancas, levando bandeiras do país, cartazes e apitos. Idosos, crianças e até animais de estimação estiveram presentes.
- Estamos aqui para exigir que respeitem a Constituição- afirmou a administradora Nayiber Bracho.
O protesto foi comandado por duas mulheres de líderes políticos presos: Lilian Tintori, casada com Leopoldo López, e Patricia Gutiérrez, mulher do ex-prefeito Daniel Ceballos.
Esta é a primeira de uma série de manifestações programadas para pressionar o governo.