Um duplo atentado suicida, nas imediações do aeroporto de Mogadíscio, capital da Somália, fez pelo menos 13 vítimas, esta terça-feira. O ataque já foi reivindicado pelo movimento islamista Al-Shabab, ligado à Al-Qaeda.
Dois carros armadilhados com explosivos foram conduzidos até à entrada da base da União Africana – que está localizada perto do aeroporto de Mogadíscio – onde os bombistas suicidas se fizeram explodir.
“Pelo menos 13 pessoas foram mortas por duas explosões. Um dos veículos explodiu perto de um posto de controlo e outro perto de um edifício da ONU”, anunciou uma fonte da polícia, Bishaar Abdi Gedi. “Nove dos mortos eram oficiais das Nações Unidas e três eram civis. Cinco pessoas ficaram feridas devido às explosões”, declarou à Al-Jazira Abdifatah Omar Halane, porta-voz da administração de Banadir, o governo local.
De acordo com a AFP, depois das explosões houve um tiroteio que terminou rapidamente. Uma parte da parede do aeroporto ficou destruída depois da explosão de uma das viaturas. As forças de segurança nacionais e as tropas da União Africana na Somália (Amisom) isolaram depois o perímetro com veículos blindados.
A milícia somali Al-Shabab já reivindicou a autoria do atentado. “As duas explosões foram realizadas por dois corajosos bombistas suicidas que tinham como alvo dois lugares diferentes, que são bases dos supostos soldados das forças de manutenção da paz das Nações Unidas”, avançou o grupo, em comunicado.
A Amisom condenou o ataque através da sua conta no Twitter e o seu porta-voz, Joe Kibet, esclareceu que a situação está agora calma. “Estes ataques sem sentido são feitos para perturbar a vida quotidiana dos somalis”, lamentou.
O aeroporto internacional de Mogadíscio é defendido pela Amisom, que mantém cerca de 22 mil homens no seu complexo, onde além da base militar estão também localizados escritórios da ONU, de organizações humanitárias e de embaixadas.
Esta não é a primeira vez que o grupo terrorista Al-Shabab ataca a sede da União Africana na cidade de Mogadíscio. Já em Dezembro de 2014 tinha acontecido um tiroteio que provocou a morte de três soldados e no início deste ano dezenas de soldados quenianos foram vítimas de um ataque numa base no Sul da Somália.