A IV Cimeira Afro – Árabe, realizada recentemente na Guiné-Equatorial, decidiu estabelecer mecanismos expeditos para que haja maior fluxo financeiro de ajudas de países árabes aos países africanos. A informação foi avançada pelo Presidente santomense, Evaristo Carvalho, que representou São Tomé e Príncipe na referida Cimeira.
A quarta Cimeira Afro-Árabe, que decorreu entre 22 e 25 deste mês em Malabo, capital da Guiné Equatorial, foi em parte eclipsada pela decisão de Marrocos e oito país árabes de abandonar a Cimeira, mas terminou com promessas de « cooperação Sul – Sul ».
Relativamente à posição de Marrocos e oito países árabes de abandonar esta Cimeira antes do seu fecho devido à presença da delegação da República Árabe Saraui, ficou decidido que o assunto deve ser objecto de análise da V Cimeira Afro – Árabe, que deverá ter lugar na Arábia Saudita, em 2019.
"A delegação marroquina tomou esta decisão para protestar contra a presença do emblema duma entidade fantoche nas salas de reunião da cimeira", explicou o Ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação”, Salaheddine Mezouar.
Na origem desta tomada de posição, o antigo diferendo entre Marrocos e Espanha, facto de Marrocos considerar o Sahara Ocidental - que controla - como uma parte do seu território, enquanto a Frente Polisário milita pela independência da antiga colónia espanhola, e reclama um referendo sobre uma possível auto-determinação.
Marrocos é um dos países que mais investe em África, e a sua decisão de partir desta cimeira de cooperação entre o Continete e vários países africanos já era sufiviente para criar um certo mal - estar. Mas outros países se lhe juntaram : Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Qatar, Sultanato de Omão, Jordânia, e Iémen, assim como a Somália.