São situações recorrentes na fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal, envolvendo cidadãos anónimos. Desta vez, aconteceu com Leopoldo da Silva, deputado no Parlamento, eleito para representar a comunidade guineense emigrada nos países africanos. Na passada Quarta -feira, foi selváticamente agredido por soldados senegaleses da guarda fronteira na localidade de Mpack.
O parlamentar acredita que a agressão é o reflexo das posições que tem defendido no hemiciclo, nas quais tem criticado o facto de as autoridades do Senegal não respeitarem o princípio de livre circulação de pessoas e bens no espaço da CEDEAO.
O líder do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, reuniu-se com o Embaixador do Senegal em Bissau, a quem transmitiu um firme repúdio das autoridades que esperam por um esclarecimento cabal do sucedido.
Suzy Barbosa, da Comissão especializada do Parlamento guineense, disse à RFI que o deputado tem todo o direito de apresentar uma queixa judicial contra os autores da agressão.
A agressão teria ocorrido na passada Quarta-feira, quando o deputado tentou mostrar aos guardas fronteiriços que não podiam cobrar taxas a cidadãos guineenses que estavam a viajar para a Guiné-Bissau. Leopoldo da Silva, que também fazia viagem de transporte colectivo em direcção ao Senegal, disse ter sido agredido e detido por mais de seis horas.
Fonte: RFI