Sob a liderança da União Africana, o Centro de Excelência contra a Fome está conduzindo, juntamente com o Instituto de Economia Política da África do Sul, uma pesquisa sobre os benefícios da alimentação escolar em países africanos. Os resultados serão divulgados em 2017 e servirão para embasar a tomada de decisões sobre os investimentos em alimentação escolar no continente.
A mobilização continental em torno do tema é resultado da articulação do Centro de Excelência contra a Fome — uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) — com a União Africana, o escritório do PMA para a União Africana e os escritórios de país do Níger e regional de Dacar, ao longo de 2016.
A parceria foi desencadeada pela visita de estudos que uma delegação de alto nível da União Africana fez ao Brasil em agosto de 2015, acompanhada por representantes de governos de países africanos.
Em janeiro, a cúpula dos chefes de Estado da União Africana aprovou a adoção da alimentação escolar como uma estratégia continental de promoção da segurança alimentar e nutricional e do desenvolvimento sustentável. Em março, o continente comemorou pela primeira vez o Dia Africano da Alimentação Escolar.
Além disso, um grupo de 38 membros da equipe do PMA e representantes de cerca de 30 países africanos participaram este ano de um seminário regional sobre alimentação escolar com compra local de alimentos.
O evento forneceu informações técnicas aos governos sobre como aprimorar o desenho e a implementação de seus programas nacionais de alimentação escolar e como integrá-los com proteção social, nutrição e agricultura.
A crescente atenção da União Africana ao tema da alimentação escolar fortaleceu a estratégia do Centro da ONU de estimular a formação de redes regionais para intercâmbio de experiências sobre o assunto.
A Rede Africana de Alimentação Escolar realizou alguns encontros ao longo de 2016 e está investindo no desenvolvimento de uma plataforma online para facilitar as trocas de informações entre países integrantes da rede. Na Ásia, oito países se reuniram no Butão para discutir a formação de uma rede similar na região.