O cantor George Michael morreu aos 53 anos, anunciou este domingo o seu agente.
George Michael, que lançou a sua carreira com os Wham! nos anos 80, responsáveis por êxitos como “Club Tropicana” e “Last Christmas”, e depois continuou uma carreira a solo com sucesso, "morreu pacificamente em casa", disse o agente.
A polícia de Thames Valley, Inglaterra, informou que os serviços de emergência responderam a uma chamada por volta das 13h42 para uma propriedade em Oxfordshire. Não há circunstâncias suspeitas, afirmou a polícia.
Georgios Kyriacos Panayiotou nasceu em 25 de Julho de 1963 nos subúrbios de Londres, Inglaterra, filho de imigrantes gregos.
O site AllMusic define-o como “a maior estrela pop britânica nos anos 80”, graças aos seus “singles infecciosamente orelhudos” que o levaram ao “estrelato global” e a vendas superiores a 100 milhões de discos em todo o mundo.
Ele tinha tudo para dar certo: “bom aspecto, uma boa voz e um enorme jeito para escrever melodias cativantes que funcionavam bem com ritmos dançáveis”.
Com o amigo de escola Andrew Ridgeley fez uma banda de ska. Corria o ano de 1979. Os Executive não foram muito longe, mas a experiência permitiu a Michael e a Ridgeley dar os primeiros passos na indústria da música.
Quando os Wham! nasceram, a sorte dos dois foi outra. A mudança de projecto trouxe também uma mudança de som: os Wham! eram decididamente pop. Em 1982, o duo estava nos topes britânicos com "Wham Rap" e "Young Guns (Go for It)”.
“Make It Big”, o título do segundo álbum, de 1984, dizia tudo. Os Wham! tornam-se um sucesso de enormes dimensões no Reino Unido, no resto da Europa e nos Estados Unidos. Só nesse disco estavam quatro êxitos planetários: "Wake Me Up Before You Go-Go", "Everything She Wants", "Careless Whisper” e "Freedom".
O "single" “Careless Whisper”, assinado “Wham! Featuring George Michael”, abriu a porta a uma carreira a solo. Em 1986, os Wham! acabam com um concerto esgotado no estádio de Wembley, em Londres.
Logo em 1987, George Michael lançou o primeiro álbum a solo, “Faith”, produzido e composto inteiramente por si. Vendeu mais de 20 milhões de cópias.
Nos discos seguintes tornou a sua música mais “sofisticada” e “pessoal”, diz o AllMusic, menos directa e menos bem sucedida do ponto de vista comercial.
A sua vida foi marcada por algumas polémicas, algumas relacionadas com o uso de drogas, e uma detenção muito mediatizada devido a conduta lasciva numa casa de banho pública, em Los Angeles, em 1998 – um incidente que o levou a assumir publicamente a sua homossexualidade
Em 2011, esteve às portas da morte devido a uma pneumonia.
O seu álbum mais recente, “Symphonica”, foi lançado em 2014.